A Psicanálise e o Desconforto De Não Saber
- Thaina Dantas
- 6 de jan.
- 1 min de leitura

Na clínica, somos frequentemente confrontados com perguntas que clamam por respostas. “E agora, o que eu faço?” — diz a boca seca, carregada de angústia, acompanhada de olhos desesperados por um caminho.
Mas a psicanálise não sabe, e mesmo que soubesse, não entregaria o mapa. A análise não oferece respostas; ela formula perguntas. Não orienta; provoca. Não tem conforto, tem confronto.
É no desconforto que a psicanálise encontra seu caminho. Em meio a tantos segredos, não há um mistério a ser desvendado. É na busca que as perguntas surgem e, é no caminho que ganham contornos, nunca respostas.
A psicanálise não procura a verdade. O que ela deseja é compreender a fantasia que estrutura a realidade do sujeito. A verdade, para a psicanálise, é outra coisa. E isso é tudo.


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